quarta-feira, 23 de maio de 2012

história com fim e puxada de orelha

Ruth - sem disfarce

Pois é. Levei uma puxada de orelha da irmã do meio ontem. "Pô, achei que você ía escrever mais, contar sobre o livro e tals. Só escreveu isso?" Então tá, como irmã mais velha sempre tem razão e finalmente terminei a leitura, resolvi dar uma palinha. Alho e Safiras foi escrito por Ruth Reichl, que na época (meados dos anos 90) era crítica de gastronomia do New York Times. Não é pouca coisa né? Para elaborar suas críticas, precisava ir aos restaurantes da vez, diversas vezes. Porém, indo como Ruth, não haveria fila de espera, mesa ruim, mau atendimento, fio de cabelo na comida, ou massa cozida demais. Surge então uma tática para ir aos restaurantes sem ser reconhecida: criar personagens, se disfarçando com perucas e figurinos. E assim, poder ter a experiência de um reles mortal. O bacana disso é que na construção dos personagens, Ruth vai descobrindo diversas facetas da sua personalidade, que nem ela sabia que existia. Tão junguiano! Além de crítica, como boa escritora, segue contando os casos, nos brindando com receitas e dividindo um pouco sobre o delicioso e difícil universo gastronômico. Porque por mais divertida que pareça a idéia de comer praticamente todas as suas refeições em restaurantes incríveis (ou não), chega uma hora que você só quer chegar em casa para jantar com a sua família. Uma massinha com um bom parmesão ralado, ou uma sopa de legumes. Comfort food, acompanhada dos seus. E é nesse ponto que Ruth chega, deixando o Times para virar editora da revista Gourmet. Ops! Falei o final do livro. Mas ok, não é ficção e isso já aconteceu há uns quinze anos.
Boa leitura.

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