quinta-feira, 24 de maio de 2012

Quando 15 minutos duram uma eternidade


Eu achava que era uma pessoa controlada, que era só fechar os olhos e respirar fundo que estava tudo bem. Ledo engano. Ressonância Magnética é para os fortes. Tentei uma vez. "Você está bem? Quer sair?" Sim, claro. Quero sair correndo, ver o sol, sentir a brisa do vento. Eu quero a minha mãe! Sim, porque nessas horas só a mãe mesmo. "É assim mesmo. Tá vendo ali o tubo? Ele é aberto no final. Qualquer coisa a gente está aqui fora, é só apertar o botãozinho". Começa tudo de novo. A pressão ainda no pé e o suor querendo escorrer. Fecho os olhos. Se não tivesse esse barulho todo, certamente a experiência seria (bem) menos angustiante. Por um momento achei que estava numa rave (há três dias), em seguida, num tiroteio. Digno daqueles do Turano na época da escola, ou do Morro dos Macacos, na época do Inca. "Tenta meditar, aproveita esse momento, pensa em coisas boas", sugere uma vozsinha dentro de mim. Afinal, são só (?) quinze minutos. Mas com essa trilha sonora fica difícil. Respiração! Claro, é isso que vai me salvar. Inspira profundamente, até o baixo ventre. Expira contando até dez.. E assim vai. É nesse movimento que eu me apego. Não posso pensar em mais nada, para não perder o foco. Quantos minutos já terá passado? Porque parece exagero, mas é uma experiência que parece que vai te levar a loucura. Penso nos que sofrem com a (falta de) saúde mental, ou outra patologia qualquer. Que sofrimento. O meu eu sei que vai passar. É só um cuidado com um problema de coluna antigo. De repente o barulho cessa e eu começo a ser puxada para fora. "Pode soltar". Eu segurava com força o tal botãozinho, meu bote salva-vidas. E saio aliviada, feliz, como se estivesse passeando pelas ruas de Paris. Em plena Buenos Aires. Centro do Rio.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

história com fim e puxada de orelha

Ruth - sem disfarce

Pois é. Levei uma puxada de orelha da irmã do meio ontem. "Pô, achei que você ía escrever mais, contar sobre o livro e tals. Só escreveu isso?" Então tá, como irmã mais velha sempre tem razão e finalmente terminei a leitura, resolvi dar uma palinha. Alho e Safiras foi escrito por Ruth Reichl, que na época (meados dos anos 90) era crítica de gastronomia do New York Times. Não é pouca coisa né? Para elaborar suas críticas, precisava ir aos restaurantes da vez, diversas vezes. Porém, indo como Ruth, não haveria fila de espera, mesa ruim, mau atendimento, fio de cabelo na comida, ou massa cozida demais. Surge então uma tática para ir aos restaurantes sem ser reconhecida: criar personagens, se disfarçando com perucas e figurinos. E assim, poder ter a experiência de um reles mortal. O bacana disso é que na construção dos personagens, Ruth vai descobrindo diversas facetas da sua personalidade, que nem ela sabia que existia. Tão junguiano! Além de crítica, como boa escritora, segue contando os casos, nos brindando com receitas e dividindo um pouco sobre o delicioso e difícil universo gastronômico. Porque por mais divertida que pareça a idéia de comer praticamente todas as suas refeições em restaurantes incríveis (ou não), chega uma hora que você só quer chegar em casa para jantar com a sua família. Uma massinha com um bom parmesão ralado, ou uma sopa de legumes. Comfort food, acompanhada dos seus. E é nesse ponto que Ruth chega, deixando o Times para virar editora da revista Gourmet. Ops! Falei o final do livro. Mas ok, não é ficção e isso já aconteceu há uns quinze anos.
Boa leitura.

domingo, 20 de maio de 2012

história sem fim


quando estou amando um livro e este começa a se aproximar do fim.. vou lendo devagar, aumentando as pausas entre as leituras. tentando evitar o inevitável: a saudade que fico dos personagens.

terça-feira, 15 de maio de 2012

frio dá fome

Almoço de terça-feira, início da semana. Um frio danado. Eu tenho tempo e um monte de coisa na geladeira que tenho medo que estrague. O resultado? Um almoço delícia, colorido e rápido. Claro, parte dele já estava encaminhado. Mas nada complicado. Seguem as idéias:


 
Mini guacamole com torradinhas e limão para temperar


Folhas, tomate e pepino em quadradinhos e cogumelos


Milho cozido com queijo ralado, pimenta calabresa e limão


Linguine ao sugo com espinafre


Para completar, um bom vinho para brindar!