terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

ain't no mountain high enough


Medianeras. Ok, um filme que praticamente todos já viram, comentaram. Aliás, teceram lindos comentários, porque realmente é apaixonante. Eu assisti ontem, aos 46 do segundo tempo, pois quinta ele sai de cartaz no Estação. Tá certo, o filme é argentino e já sai na frente por isso. A fotografia é de tirar o fôlego. Levanta questões sensíveis que vão além da busca eterna pelo grande amor, ou pelo seu Wally. O que faz uma cidade construir seus prédios de costas para o seu rio? Ou, além de não vermos o rio, porque tantos fios, que cobrem o céu? E a internet que nos aproxima do mundo, mas nos afasta da vida.. e por aí vai. É fácil se identificar com as manias, gostos e porque não, com a angústia e solidão vividos pelos personagens. Ao mesmo tempo que dá uma sensação claustrofóbica e de eterno desencontro, ele mostra que sim, sempre é possível voltar a sorrir. E como bem disse Lili,"abrir uma janela nas medianeras da vida". Afinal, ain't no moutain high enough..

sábado, 11 de fevereiro de 2012

faltam três dias...

.. para desbravarmos o percurso afetivo de Tarsila do Amaral no CCBB. Abertura da exposição dia 13 para convidados e dia 14 para nós, reles mortais. Há 43 anos não acontece uma mostra individual da artista no Brasil. Já estava em tempo, não? Sou apaixonada pela obra da Tarsila e por todo o contexto da época. Tanta produção, efervescência e irreverência não só nas artes plásticas, mas na literatura, no comportamento. Semana de 22, o grupo dos cinco. A nossa Belle Époque.  Senti uma enorme frustração na minha primeira visita ao Malba, residência oficial do Abaporu, pois o mesmo se encontrava em Miami. Abaporu é a obra brasileira mais valorizada no mundo, tendo alcançado o valor de U$1,5 milhões, pago pelo colecionador argentino Eduardo Constantini, em 1995. A obra foi pintada em óleo sobre tela e dada de presente à Oswald de Andrade, seu marido na época. Presentão héin?
Mas já na minha segunda visita ao Malba, tive o prazer não só de ver o Abaporu ao vivo, como grande parte da obra da artista, na mostra Tarsila Viajera. Que onda não? Pois é, desta vez ele não estará presente, pois a mostra não inclui os períodos habitualmente identificados na sua obra, como Pau-Brasil, Antropofágico e Social. Segundo Antonio Carlos Abdalla, curador da mostra, o enfoque dado foi "mais intimista; depois, temático e, quando possível, cronológico", a partir da descoberta de um diário de viagens da artista. Mesmo sem Abaporu, não dá para perder.
Então, vamos?

Veja a programação completa aqui.

ele não vai, mas você pode ir..