É verdade. Esse ano não tem a banda do Leme me acordando e me lembrando que amanhã, vai ser tudo diferente. Não tem cheiro de maresia, flores para Iemanja, nem amigo oculto entre as primas. Muito menos um abraço apertado nos avós depois da meia-noite. A sobremesa era sempre no ano seguinte, e a piada nunca cansava. Os amigos que vinham de fora, tornando a festa um grande encontro do Mercosul, como diria meu pai. O peru que o vovô mandava assar na padaria, de tão grande que era, virou um peru malandro no forno da minha mãe, tentando correr dele a todo custo (foto abaixo para provar). Nem o Meridien existe mais, para nos brindar com a sua cascata de prata. Mas hoje.. Hoje tem crianças correndo pela casa de novo, renovando as energias (e bota energia nisso), tornando a família maior e mais alegre de novo. Afinal, nós éramos as crianças correndo pela casa, de pés descalços, deixando todos de cabelo em pé (e bota cabelo em pé nisso). Tem árvore de natal na casa nova, pronta para receber a família e os amigos amados. Tem irmãs e primas. E um amor do tamanho do Universo (sabendo que este é infinito). Salto alto, arroz basmati, pop cake de panetone. E claro, as calcinhas brancas dadas pela mamy. E muito para agradecer. Sempre.
![]() |
Peru malandro |